Módulo 1: Conceito e contexto da transformação digital (TD)
Conceito | Definição | Fonte |
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Augmented Reality | A Realidade Aumentada é a integração de elementos ou informações virtuais a visualizações do mundo real através de uma câmara e com o uso de sensores de movimento como giroscópio e acelerómetro. O uso mais popular da realidade aumentada é o entretenimento através dos filtros para fotos em aplicativos móveis de redes sociais e jogos. É utilizada de muitas formas nas áreas do ensino, design de produtos, ações de marketing, treino e suporte em plantas industriais, etc. O uso de vídeos transmitidos ao vivo digitalmente processados e "ampliados" pela adição de gráficos criados pelo computador também podem ser considerados como um tipo de realidade aumentada. | Steuer, (1992) |
Big Data |
Grande conjunto de dados gerados e armazenados. |
Lee et al., (2015) |
Grande volume e variedade de dados, que exigem diferentes tipos de velocidade. |
Khine & Shun, (2017) | |
Blockchain | Blockchain é uma rede que funciona com blocos encadeados e seguros que comportam um conteúdo junto a uma impressão digital. No caso do bitcoin, esse conteúdo é uma transação financeira. | Nakamoto, (2008) |
Business-to-business(B2B) | Comércio praticado pelos fornecedores e empresas, ou seja, de empresa para empresa. Também se pode considerar B2B como troca de informações estruturadas com parceiros de negócios através de redes privadas ou pela web com vista a manter um relacionamento efetivo entre os parceiros de negócios. | Vargo & Lusch, (2010) |
Business-to-consumer (B2C) | Comercio realizado por empresa produtora, vendedora e prestadora de serviços com consumidor por meio da Internet. As vantagens na utilização do B2C destacam-se na criação de lojas virtuais, possibilitando o incremento de lucro por meio dos consumidores que usam frequentemente a Internet. | Gunasekaran & Ngai, (2004) |
Ciclo de exploração | Corresponde às atividades e decisões no âmbito dos aprovisionamentos, produção. | Neves, (1989) |
Cyber Physical Systems (CPS) | Nova geração de sistemas com capacidades computacionais e físicas integradas que podem interagir com humanos por meio de muitas modalidades. A capacidade de interagir e expandir as capacidades do mundo físico por meio de computação, comunicação e controle é um capacitador chave para futuros desenvolvimentos de tecnologia. | Baheti & Gill, (2011) |
Sistema que utiliza bastante tecnologia e permite, para além da integração de informação, a capacidade de comunicação, ou seja, permite a agregação de tecnologias de processamento, informação e comunicação assim como tecnologias de gestão e de controlo inteligentes. | Frazzon et al., (2015) | |
Collaborative Robot(CoBot) | Trata-se de um robot destinado à interação direta de robots com humanos em espaço compartilhado, ou onde humanos e robots estão próximos. As aplicações Cobot contrastam com as aplicações tradicionais de robots industriais, nas quais estes são isolados do contato humano. | https://www.themanufacturer.com/articles/i-cobot-future-collaboration-of-man-and-machine/ |
Comércio electrónico (e-commerce) | Negócios conduzidos exclusivamente através de formato eletrónico. Sistemas que comunicam eletronicamente uns com os outros são sistemas de e-commerce, e têm de ser capazes de funcionar normalmente com quaisquer aplicações da Internet. Também se refere a quaisquer funções eletrónicas que auxiliam uma empresa na condução dos seus negócios. | Smith & Thonsom, (2000) |
Cloud | Elementos da internet das coisas, sendo que as suas funções passam por transferir dados a alta velocidade e armazena-los. | Saucedo et al., (2018) |
Cloud Computing | Termo utilizado para definir a disponibilidade sob procura de recursos do sistema de computador, especialmente armazenamento de dados e capacidade de computação, sem a gestão ativa e direta do utilizador. O termo geralmente é usado para descrever centros de dados disponíveis para muitos utilizadores pela Internet. | Mell & Grance, (2011) |
Digital Economy and Society Index (DESI) | Índice compósito criado pela União Europeia para acompanhar a evolução dos Estados Membros na competitividade digital, que agrega o resultado de 37 indicadores repartidos em doze subdimensões que integram cinco dimensões: conetividade, capital humano, utilização da internet, integração da tecnologia digital e serviços públicos digitais | Comissão Europeia, (2020) https://digital-strategy.ec.europa.eu/en/policies/desi |
Indústria 4.0 | Indústria 4.0 ou Quarta Revolução Industrial é uma expressão que engloba o uso de tecnologias para automação e troca de dados e utiliza conceitos de Sistemas ciber-físicos, Internet das Coisas e Computação em Nuvem (Cloud Computing). O objetivo da Quarta Revolução Industrial é a melhoria da eficiência e produtividade dos processos. | Stock & Seliger, (2016) |
Inteligência artificial | Inteligência artificial (IA) refere-se à simulação da inteligência humana em máquinas programadas para pensar/agir como humanos e imitar as suas ações. O termo também pode ser aplicado a qualquer máquina que exiba características associadas à mente humana, como aprendizagem e resolução de problemas. | Frankenfield & Scott, (2021) |
Internet das Coisas (IoT) | Rede de trabalho composta em dispositivos, software, sensores, ativadores incorporados e conectividade, permitindo a conexão, coleta e troca de dados. Fazendo com que haja uma integração no mundo físico com sistemas computorizados, resultando em melhorias na eficácia, benefícios económicos e redução de esforços humanos. | Gurjanov et al., (2018) |
Machine-to-Machine (M2M) | Tecnologias que permitem que tanto sistemas com fio quanto sem fio, comuniquem com outros dispositivos que possuam a mesma habilidade. Esta capacidade é obtida através do uso da telemetria, a linguagem que as máquinas usam para comunicar entre si. Tal comunicação foi originalmente obtida através de uma rede remota de equipamentos transmitindo informação de volta para um centralizador de modo a ser analisada, podendo ser posteriormente direcionada para um sistema computacional, por exemplo um computador pessoal. | Watson et al., (2004) |
Machine Learning (ML) | É a aplicação de inteligência artificial (IA) que fornece aos sistemas a capacidade de aprender e melhorar automaticamente com a experiência, sem ser explicitamente programado. A aprendizagem da máquina concentra-se no desenvolvimento de programas de computador que podem aceder a dados e usá-los para aprender por si próprios. | https://www.expert.ai/blog/machine-learning-definition/ |
Revolução Industrial | Termo utilizado por alguns historiadores para designar o conjunto das transformações tecnológicas e industriais, traduzidas na evolução de regimes de produção através de alterações tecnológicas e por avanços técnicos. | https://www.infopedia.pt/$revolucao-industrial |
Revolução Digital | A Revolução Digital, também conhecida como a Terceira Revolução Industrial, refere-se aos processos associados à passagem da evolução tecnológica industrial iniciada entre o final dos anos 1950 e o final dos anos 1970, com o desenvolvimento da eletrônica digital, expansão do uso de computadores digitais além dos sistemas de automação industrial. | Bojanova, (2014) |
Segurança de dados | Segurança de dados (Data Security) é a prática de proteger as informações digitais contra acesso não autorizado, corrupção ou roubo em todo o seu ciclo de vida. É um conceito que abrange todos os aspetos da segurança da informação, desde a segurança física de hardware e dispositivos de armazenamento até controles administrativos e de acesso, bem como a segurança lógica de aplicativos de software. | https://www.ibm.com/topics/data-security |
Módulo 2: Conceitos de Avaliação de Projetos em Transformação Digital
Conceito | Definição | Fonte(s) |
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Ativos Correntes | Inclui todos os ativos de curto prazo de uma entidade, tais como inventários, ativos biológicos, clientes, adiantamentos a fornecedores, Estado e outros entes públicos, acionistas/sócios, outras contas a receber, diferimentos, ativos financeiros detidos para negociação, outros ativos financeiros, ativos não correntes detidos para venda, caixa e depósitos bancários. | Entidade reguladora CS https://www.erc.pt/pt/fs/glossario-transparencia |
Ativo intangível | ITipo de ativo que não apresenta caráter físico, por exemplo: trespasses, marcas, patentes etc. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Ativos não correntes | Inclui todos os ativos de médio e longo prazo de uma entidade, tais como ativos fixos tangíveis, propriedades de investimento, goodwill, ativos intangíveis, ativos biológicos, participações financeiras, acionistas e sócios, outros ativos financeiros e ativos por impostos diferidos. | Entidade reguladora CS https://www.erc.pt/pt/fs/glossario-transparencia |
Ativo tangível | Tipo de ativo que apresenta caráter físico, por exemplo: terrenos, computadores, veículos etc. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Custo das mercadorias vendidas | Em termos contabilísticos é obtido pela soma das compras ( C ) com o inventário inicial (Ii), subtraindo o inventário final (If). CMV= Ii+C-If. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Depreciações e amortizações | Depreciações (utiliza-se para aos ativos tangíveis) e amortizações (para os ativos intangíveis) são os custos de desgaste de ativos cuja vida útil é considerada longa. | Portal de Gestão https://www.portal-gestao.com/artigos/6595-o-que-s%C3%A3o-deprecia%C3%A7%C3%B5es-e-amortiza%C3%A7%C3%B5es.html |
Duração de um investimento | Duração de um investimento A duração de um investimento corresponde ao período de vida útil desse investimento. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Fator de atualização | O fator de atualização é determinado pela razão entre duas grandezas em tempos diferentes (passado, presente ou futuro). Este pode ser aplicado em diversas situações quando se pretende comparar valores obtidos em tempos diferenciados. | Mateus, (2004) |
Financiamento | Fundos necessários para financiar a atividade da empresa. De entre as diversas alternativas de financiamento, há que escolher as mais adequadas em termos de custos, prazos e condições fiscais. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Fluxo de caixa operacional | O Fluxo de Caixa Operacional (FCO) do projeto é calculado através da soma dos meios libertos do projeto (MLP) com o valor do investimento em ativos correntes (AC). | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Fundo de maneio | O fundo de maneio é o valor que a empresa necessita para desenvolver a sua atividade de forma normal e equilibrada, durante um período de tempo. É dado pela diferença entre ativo corrente e passivo corrente= AC-PC. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Inventário | Um inventário é uma relação dos bens pertencentes a uma empresa. Inclui os bens disponíveis em stock para venda no processo normal de um negócio, ou a serem utilizados na fabricação de produtos comercializados pela empresa, e costumam conter a descrição do produto bem como a quantidade existente e o local onde se encontra. | Salazar e Benedicto, (2004) |
Investimento | Realização de despesas importantes com o objetivo de alcançar ganhos em períodos futuros. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
IRC | Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, ou seja, é o imposto que incide sobre o rendimento das empresas com atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola a trabalhar em Portugal ou sobre rendimentos obtidos em território português, por empresas não residentes. | Guia Fiscal PWC, 2021 https://www.pwc.pt/pt/pwcinforfisco/guia-fiscal/2021/irc.html |
Juro | Juro é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro (ou outro item). É expresso como uma percentagem sobre o valor (taxa de juro) e pode ser calculado de duas formas: juro simples ou juro composto. | Banco de Portugal, Portal do cliente bancário, 2021 https://clientebancario.bportugal.pt/pt-pt/taxas-de-juro |
Meios libertos do projeto | Os meios libertos do projeto (MLP) são obtidos pela soma do resultado líquido com as depreciações e amortizações, provisões e imparidades | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Necessidade de fundo de maneio | As necessidades de fundo de maneio ocorrem porque normalmente existe um desfasamento entre os pagamentos e os recebimentos. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Prazo médio de pagamento | É o período médio entre a data que determinada aquisição foi realizada e o pagamento efetivo da mesma. Este tempo é delimitado em dias. É dado pelo seguinte rácio: (fornecedores / compras) x 365. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Prazo médio de recebimento | Rácio que consiste em dividir o valor que os clientes devem à empresa num determinado momento pelo valor das vendas anuais. Este tempo é normalmente delimitado em dias. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Período de recuperação do investimento (PRI) | O Prazo de Recuperação do Investimento (PRI), também conhecido por pay back period, representa o tempo que demora a recuperar os montantes investidos através dos fluxos líquidos de caixa gerados por esse mesmo investimento. | Brealey et al., (2019) |
Módulo 3: Rentabilidade e Criação de Valor em Projetos de Tecnologias Digitais
Conceito | Definição | Fonte(s) |
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Rentabilidade | Relação entre os resultados de um investimento e os meios utilizados para os alcançar. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Risco do investimento | Variação provável dos resultados associados a um ativo. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Taxa interna de rentabilidade (TIR) | A taxa de rentabilidade que determinada série de fluxos líquidos de caixa traduz, ou seja, a taxa de desconto que origina um Valor Atual Líquido nulo. | Ross et al., (2009) |
Valor atual líquido (VAL) | O Valor Atual Líquido (VAL) é um dos métodos mais usados no mundo das finanças para avaliar projetos de investimento. O VAL é um indicador que permite a atualização dos fluxos líquidos de caixa que são gerados durante a vida do ativo atualizados ao custo de oportunidade. Desta forma o indicador permite analisar a viabilidade económica de um projeto de investimento com base na capacidade de cobrir o valor monetário investido no momento inicial, sendo o excedente monetário o correspondente do VAL. | Brealey et al., (2019) |
Valor atual do investimento | É a forma de avaliar os ativos, cujo cálculo consiste em descontar o fluxo futuro com base numa taxa de atualização oferecida por alternativas de investimento comparáveis, que não é mais que a taxa de remuneração exigida pelos investidores. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Valor futuro do investimento | Consiste no valor acumulado que um investimento pode alcançar numa data futura ao ganhar juros a uma taxa composta. | Vidigal da Silva e Ferreira, (2018) |
Módulo 4: Planeamento e Monitorização da Transformação Digital nas Empresas
Conceito | Definição | Fonte(s) |
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Cadeia de valor | Este conceito foi introduzido por Porter em 1985 e representa o conjunto de atividades desempenhadas por uma empresa/organização desde as relações com os respetivos fornecedores, ciclos de produção e de venda até à fase da distribuição final. | Porter, (1985) |
Cultura Organizacional | A cultura organizacional é a cultura existente numa organização. É constituída por práticas, símbolos, hábitos, comportamentos, valores éticos e morais, além de princípios, crenças, cerimónias, políticas internas e externas e clima organizacional. A cultura influencia todos os membros de uma mesma organização, contendo as diretrizes e premissas para guiar os seus comportamentos e mentalidades. | Chiavenato, (1999) |
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) | O IVA é um imposto geral sobre o consumo incidindo sobre as transmissões de bens, as prestações de serviços, as aquisições intracomunitárias e as importações. É um imposto plurifásico porquanto é liquidado em todas as fases do circuito económico, desde o produtor ao retalhista. Sendo um imposto plurifásico não é cumulativo (i.e., o pagamento do imposto devido é fracionado pelos vários intervenientes do circuito económico, através do método do crédito do imposto). | https://www.portugalglobal.pt/ |
KPI (Key Performance Indicator) | Em português são os indicadores chave do desempenho, definidos como métricas altamente relevantes para a mensuração do desempenho de uma estratégia, de um projeto ou de processos de gestão. | Parmenter, (2015) |
KRI’s (key result indicators) | Em português são os indicadores chave de resultados que fornecem ao decisor um resumo geral do desempenho da organização. | Parmenter, (2015) |
Planeamento estratégico | É o conjunto de mecanismos e processos metodológicos utilizados para contextualizar e definir o estabelecimento de objetivos, o empreendimento de ações, a mobilização de recursos e o processo de tomada de decisão, tendo por meta a consecução e o sucesso das mesmas. | Porter, (1980, 1985) |
Rede de valor | Redes de valor são constituídas por empresas que gerem valor para os seus clientes através da intermediação do relacionamento entre eles, de forma direta ou indireta. Estas empresas captam membros para a sua rede, gerem a comunicação e relacionamento com os mesmos, prestam os serviços de forma contínua e mantêm uma infraestrutura física e de informações necessária para garantir a operação do negócio com eficiência e eficácia. | Stabell e Fjeldstad, (1998) |
ROI (return on investment) | ECorresponde à rentabilidade dos capitais totais investidos medida pela relação entre o resultado líquido com o valor total do ativo. | Marr, (2012) |
Virtualização | Ato de criar uma versão virtual (ao invés de real) de algo, incluindo a simulação de uma plataforma de hardware, sistema operacional, dispositivo de armazenamento ou recursos de rede. | https://techmob.com.br/o-que-e-virtualizacao-e-os-beneficios-para-empresas/ |
Visão estratégica | É a projeção de como a empresa se vê (ou se quer ver) no futuro. É responsável por orientar o planeamento de ações, o posicionamento e a definição de objetivos da empresa. | Porter, (1908, 1985) |